
Barcelos Popular -" A meio caminho"
Por Carlos Eduardo Reis
Cumprida a formalização da candidatura da coligação Barcelos
Mais Futuro, encerramos a primeira fase do processo para as eleições de 26 de
Setembro.
Uma solução política diferente da tradicional, que
compreende uma plataforma de entendimento entre dois partidos políticos e um
movimento independente, gera sinergias positivas mas naturalmente também gera
incompreensões.
Se no início deste processo enfrentamos a turbulência típica
que advém do imediatismo com que se faz e entende a política nos dias de hoje, evoluímos
dia a dia, semana a semana, para um projecto agregador, plural, transversal.
Uma equipa alargada que representa a única alternativa a
este executivo municipal, principal responsável pelo atraso, infelizmente
consensual, que a nossa terra enfrenta, sobretudo comparada com os parceiros de
quadrilátero.
Os últimos meses foram de auscultação, debate, engajamento,
de recrutamento daqueles que serão os portadores da mensagem e do projecto
político que queremos ver sufragado pelos Barcelenses.
Neste particular, importa realçar a abrangência territorial
desta Coligação, com a apresentação de candidatos próprios em 59 freguesias e
apoio a duas candidaturas independentes. Estamos a falar de mais de 1800 homens
e mulheres que não se conformam com a visão curta, a ambição pobre e a
realização inexistente deste executivo municipal. Barcelos pode e deve ser
mais.
Entramos agora no período mais estimulante desta contenda
autárquica, em que somos todos convocados a debater as prioridades e a
apresentar as soluções que uma candidatura que quer ser governo local exige.
Para merecermos a confiança dos Barcelenses não basta
apontar o dedo, identificar a falha, temos de ser capazes de mostrar que não
vale a pena insistir num modelo de governança sem estratégia.
Saibamos explicar como vamos “virar” a cidade, como vamos
dar oportunidade a todos os jorvens de praticar desporto com possibilidades de
competir com vizinhos nacionais e internacionais, como priorizamos o cuidado na
infância e o envelhecimento activos dos mais velhos.
Tenhamos a capacidade de pôr os Barcelenses diante de uma
cidade com dinâmica cultural, que tenha orgulho nas suas tradições porque
também elas significam desenvolvimento económico.
Há anos que Barcelos precisa de uma zona industrial adaptada
às novas exigências do mercado e que esteja ao nível dos nossos empresários. Um
concelho moderno tem a obrigação de criar estas condições para atrair
investidores.
Mas essa atração de que falo também só se alcança devolvendo
credibilidade e estabilidade aos Paços do Concelho.
Da requalificação da rede viária à já recalcada necessidade
do Hospital, da eliminação das passagens de nível à criação da cidade amiga do
ambiente, do olhar que o futuro e a sustentabilidade merecem com um novo
conceito de smart city à potencialidade da nossa tradição gastronómica.
Este é o desafio. Já apresentamos os melhores protagonistas, temos agora a oportunidade de falar sobre o concelho que queremos construir.
Vamos a isso!