Por Zita Fonseca

Barcelos Mais Futuro começa a mostrar trabalho nas freguesias

A coligação Barcelos Mais Futuro anunciou que está perto de concluir a elaboração da listas para as 61 juntas de freguesia do concelho. Mário Constantino, o candidato à presidência da Câmara, disse que não existem as dificuldades que muitos anteviam de compatibilizar diferentes sensibilidades.

No domingo à tarde, a coligação PSD, CDS, BTF apresentou os candidatos a sete autarquias: Adães, Barqueiros, Cambeses, União de Freguesias de Milhazes, Vilar de Figos e Faria, União de Freguesias de Negreiros e Chavão, Paradela e Silva. Os restantes vão ser apresentados nas próximas semanas. Neste primeiro grupo, o PSD é poder apenas em Negreiros e Chavão, mas quem se candidata à sucessão de Guilhermina Guimarães é Paulo Pinto. Em Adães e Paradela, onde as juntas são do PS, os candidatos são os mesmo de há quatro anos.

Ter o máximo de candidaturas às juntas de freguesia é crucial para o resultado da eleição para a Câmara, porque a campanha que é feita por cada uma delas reverte (salvo casos pontuais) a favor da candidatura à Câmara da mesma força política. Daí a forma como os candidatos foram mimados, por assim dizer, nos discursos desta apresentação. “Vocês são o melhor que há na política, porque vocês preocupam- -se, cuidam dos vossos e têm de ser fortes e persistentes”, disse António Ribeiro (CDS). “Ninguém ganhará a Câmara se não tiver bons candidatos nas freguesias”, sublinharia Domingos Pereira (BTF). “Comece a população de Barcelos a perceber que se estão a associar a nós pessoas mais jovens, senhoras, de diferentes profissões, que entendem que é o momento de dar um rumo a Barcelos”, diria Mário Constantino (PSD).

Esse novo rumo só é possível, defende a coligação, retirando ao PS o poder na Câmara de Barcelos.

É esse o desígnio que junta as três forças políticas. “Que ninguém se iluda, só é possível ganhar as eleições se for com esta junção de esforços”, disse Domingos Pereira. Sem passar ao lado das diferenças existentes, acrescentou que “as ideologias não estão aqui presentes, o que está presente são os interesses de Barcelos”. Interesses que, segundo Mário Constantino, exigem que se mude a governação municipal, derrotado os socialistas e o seu executivo “instável emocionalmente e em termos de gestão” e com “falta de rigor e credibilidade”, entregando os destinos do concelho a uma “alternativa exigente e ambiciosa, com rigor, mas humanista”. Domingos Pereira falou “nos erros demasiado graves” que foram cometidos, mas foi o centrista António Ribeiro quem atacou de forma mais dura o PS e o presidente da Câmara. Depois de dizer aos sete candidatos que escolheram “o lado certo” do ponto de vista da democracia, transparência e respeito, atirou certeiro a Miguel Costa Gomes. “Muitos não fazem ideia do que se passa ao nível da governação municipal. Os escândalos, as divisões, os negócios ruinosos, a falta de transparência e, até, a prisão do presidente da Câmara. Ainda há muita gente em Barcelos que desconhece que isto aconteceu”.

Os candidatos às restantes freguesias vão ser apresentados nas próximas semanas. Faltam ainda aquelas que têm valor acrescentado de serem feudos do PSD e terem muitos eleitores social-democratas. É o caso de Macieira; da UF de Viatodos, Grimancelos, Minhotães e Monte Fralães; da UF de Chorente, Goios, Pedra Furada, Courel e Gueral; da UF de Gamil e Midões; de Lijó, Galegos Santa Maria e Galegos S. Martinho. O BTF também tem os seus trunfos a apresentar. Abade de Neiva, Remelhe, Manhente, Moure, Remelhe ou Rio Côvo Santa Eugénia são freguesias com mais de mil eleitores que o Movimento conquistou em 2017.

Os candidatos 

Adães - João Lopes, 39 anos, motorista

Barqueiros - Rui Ferreira, 45 anos, funcionário têxtil

Cambeses - Cristiana Faria, 34 anos, solicitadora

Milhazes, Faria e Vilar de Figos - Miguel Ângelo Pereira, 27 anos, gestor industrial e investigador

Negreiros e Chavão - Paulo Pinto, 45 anos, agente de seguros

Paradela - Rui Faria, 42 anos, administrativo

Silva - José Vilas Boas, 55 anos, militar da GNR